21.097 quilômetros 🏃♂️. Na metade do caminho para a maratona, mas certamente não na metade do esforço. A meia maratona é essa distância exigente que força você a correr rápido, muito rápido, enquanto gerencia seu ritmo como um corredor de longa distância ⏱️. Nem muito curta nem muito longa: o equilíbrio certo entre a intensidade de um 10 km e a paciência de uma maratona 🏁. Um desafio único que atrai tanto aqueles que buscam um desafio quanto caçadores de tempo 🚀. E, de fato, os recordes mundiais na meia podem ser vertiginosos 😵. Um olhar sobre as performances mais loucas, os atletas que fizeram história ... e os percursos que se tornaram lendários 🌍.
A meia maratona é um equilíbrio peculiar. Por um lado, é preciso ir a todo vapor por mais de uma hora, ou duas para a pessoa média 🏃. Por outro lado, essa corrida requer um gerenciamento meticuloso do ritmo para evitar entrar em um esforço muito intenso 🥵. Não é de se estranhar que essa distância tenha se tornado um verdadeiro campo de jogos para elites em busca de recordes cada vez mais surpreendentes 🤯. Na estrada, os melhores especialistas em 15 km e 20 km podem expressar completamente seu potencial 🚀. Mas a meia é um desafio onde muitos perfis diferentes podem brilhar ✨. As estrelas das corridas de pista de 10.000 m e 5.000 m usam sua velocidade para manter ritmos implacáveis, enquanto os melhores maratonistas usam sua imensa resiliência para manter o ritmo ao longo dos 21.0975 km 📏. Longamente ofuscada pela maratona 🌒, a meia maratona conquistou seu próprio lugar especial nos corações dos corredores. Exige a precisão de um metrônomo, gerenciamento de corrida preciso 🧭 e vontade de aço para não ceder nos últimos quilômetros, onde as pernas queimam e a linha de chegada ainda parece distante 🏁.
Ao contrário da maratona, cujas raízes mergulham na antiga Grécia 🇬🇷, a meia maratona é uma invenção relativamente recente. Oficialmente reconhecida pela World Athletics, só apareceu tarde nas grandes competições internacionais 🏆. Nenhuma lenda heroica desta vez, apenas o desejo de criar um formato intermediário, mais acessível, mas não menos exigente 💪. Foi especialmente a partir da década de 1980 que a distância começou a se democratizar. Ela atrai tanto corredores que estão se preparando para a maratona quanto atletas de pista convertidos 🔁. Com o aumento das corridas populares, a meia rapidamente se tornou uma das distâncias mais percorridas no mundo.
Domingo, 16 de fevereiro de 2025, permanecerá uma data marcante na história das corridas. Naquele dia, nas ruas de Barcelona 🇪🇸, Jacob Kiplimo entregou uma performance extraordinária, digna dos maiores momentos da corrida de estrada. Desde os primeiros quilômetros, ele assumiu o controle da corrida sem hesitação. Após o 3º km, isolou-se na frente com uma facilidade desconcertante 😮💨, estabelecendo um ritmo frenético de 2’43/km e deixando os marcapassos para trás. Ao passar os 10 km em 26’46, estava bem à frente dos tempos de recorde mundial. Naquele momento, sua passada impecável, quase irreal, dava a impressão que ele estava literalmente planando sobre o asfalto de Barcelona. Apoiado por uma grande multidão e impulsionado por condições perfeitas (11 °C, céu nublado, sem vento) 🌥️, Kiplimo manteve seu esforço com regularidade impressionante 🧊. Ele finalmente cruzou a linha em 56 minutos e 42 segundos, com uma média de 2’41/km, quebrando o recorde estabelecido apenas meses antes pelo etíope Yomif Kejelcha em Valência 🇪🇹. Aos 24 anos, Jacob Kiplimo assim recupera o recorde que já segurou entre 2021 e 2024 👑, provando que ele continua sendo o mestre indiscutível da meia maratona.
Antes de Kiplimo, outros gigantes da corrida já marcaram a história da meia maratona. Em 1993, o queniano Moses Tanui entrou para a lenda ao se tornar o primeiro homem a quebrar a barreira simbólica de uma hora, com um tempo de 59'47 nas ruas de Milão 🇮🇹. Desde então, essa mítica distância de 21.0975 km se tornou o parque de diversões favorito para corredores dos altiplanos da África Oriental. A lista de recordes fala por si: entre os 100 melhores desempenhos da história, 97 são do Quênia, Etiópia, Eritreia, Uganda ou Burundi 🌍. São eles que, corrida após corrida, empurram os limites do que é possível 🚀. Lembramos notavelmente de Paul Tergat, uma lenda do Quênia 🇰🇪, que detinha o recorde mundial em 1998 com um tempo de 59'17. Depois vieram outros fenômenos: Zersenay Tadesse (Eritreia, 58'23), Geoffrey Kamworor (Quênia, 58'01) e Kibiwott Kandie, que marcou impressionantes 57'32 em 2020. Nesse universo amplamente dominado por africanos de altas altitudes, uma exceção europeia persiste: o recorde europeu de Julien Wanders, estabelecido em 2019 🇨🇭. Com seus 59'13, o franco-suíço continua sendo o atleta europeu mais rápido na distância 🌟. Com sua performance em Barcelona, Jacob Kiplimo se encaixa plenamente nessa linhagem de atletas excepcionais, redefinindo mais uma vez o que significa correr rápido... muito rápido.
Em 24 de outubro de 2021, no percurso ultrarrápido de Valência, a autoproclamada Cidade da Corrida, Letesenbet Gidey fez um grande barulho em sua estreia na meia maratona. A etíope, já detentora dos recordes mundiais nos 5000 m (14'06) e 10.000 m (29'01) 🥇, adicionou uma nova linha prestigiosa ao seu histórico ao bater o recorde mundial na distância com um tempo estratosférico de 1h02'52 (2'59/km).
No mesmo solo espanhol onde brilhou um ano antes na pista, Gidey desta vez impactou na estrada, apagando em 70 segundos o recorde anterior mantido por Ruth Chepngetich (1h04'02). Com apenas 23 anos, ela se torna a primeira mulher a quebrar oficialmente as barreiras dos 64 e 63 minutos na meia maratona 💥. Uma performance ainda mais impressionante por ser uma iniciante nesta distância, um feito inédito na história dos recordes mundiais 📖.
Perfeitamente conduzida nos primeiros quilômetros por sua compatriota Mebrahtu Kiros 🇪🇹, seus tempos parciais foram notáveis: ela passou os 5 km em 15'00 e depois os 10 km em 29'45. Apesar de uma leve queda de ritmo nos últimos quilômetros, o trabalho já estava bem feito ✅. Ela ainda cumpriu os 15 km em 44'29, apenas nove segundos acima de seu próprio recorde mundial para essa distância 💫.
Sua vitória em Valência não deixa dúvidas: Gidey não é apenas uma corredora de pista excepcional, mas agora é um padrão na estrada. Este novo recorde mundial, seu terceiro, confirma sua ascensão meteórica e a projeta entre os maiores neste esporte. Na distância, os atletas europeus não ficam atrás. A atleta holandesa Sifan Hassan 🇳🇱 registrou um tempo notável de 1h05'15 em Copenhague em 2018. Dominante desde os 1500 m até a maratona, ela continua sendo a atleta europeia mais rápida nos 21.0975 km.
Ao passar sob a marca mítica de 2h10 na maratona, Ruth Chepngetich 🇰🇪 confirmou que, entre as mulheres também, os limites de desempenho continuam a ser ultrapassados 🚀. O recorde feminino de maratona caiu dois anos consecutivos, em 2023 e depois em 2024 em Chicago. Tudo sugere que 2025 também poderia marcar um ponto de virada na meia maratona, cujo recorde mundial permanece desde 2021 ⏳.
Em Valência, em 27 de outubro de 2024, vários atletas tentaram quebrar a marca de Gidey. A queniana Agnes Jebet Ngetich chegou muito perto, ficando apenas 14 segundos abaixo com um tempo impressionante de 1h03'04 🥈. Logo atrás, na mesma corrida, a etíope Fotyen Tesfay (1h03'21) e a queniana Lilian Kasait Rengeruk (1h03'32) registraram as 3ª e 4ª melhores performances da história na distância 🥉. A densidade está lá e continua crescendo. Nunca o recorde de Gidey pareceu tão perto de cair. É o esporte feminino que emerge maior 🙌.
Se os recordes caem, não é por acaso. Alguns percursos são projetados para isso: ultraplano, protegido do vento, poucas curvas, retas longas, pacers disponíveis e clima ideal.
Valência, na Espanha 🇪🇸, se estabelece como a referência absoluta. Em poucos anos, a cidade se tornou o paraíso para quebra de recordes. Sua meia maratona, realizada em outubro e parte do prestigiado circuito SuperHalfs, oferece condições perfeitas: temperatura amena, layout rápido, densidade rara de campo de elite. É aqui que milhares de corredores amadores batem seus recordes pessoais a cada ano, e o percurso já viu cinco recordes mundiais serem quebrados em sua rota.
Lisboa também marca todas as caixas: layout rápido com uma largada nas alturas da ponte 25 de Abril, descida gradual, chegada à beira-mar e clima ameno. Foi aqui que Jacob Kiplimo estabeleceu um recorde mundial em 2021 (57'31). Como Valência, a corrida faz parte do muito exclusivo círculo SuperHalfs 🥇.
Barcelona, a capital da região espanhola da Catalunha, também é um evento que atrai cada vez mais corredores em busca de uma pista rápida. Sua rota plana no centro da cidade proporciona um cenário ideal para performance. O selo World Athletics Ouro desfrutado pelo organizador reflete a qualidade desta corrida importante no calendário das corridas 📅. É aqui que Jacob Kiplimo, novamente, estabeleceu um novo recorde mundial em 16 de fevereiro de 2025 (56'42) 🔥.
Copenhague 🇩🇰, Nova Deli 🇮🇳, Praga 🇨🇿, Sevilha 🇪🇸 e Berlim 🇩🇪 também estão entre as meias maratonas clássicas ultrarrápidas onde recordes já caíram.
Hoje, a meia maratona não é mais apenas um trampolim para a maratona. É uma disciplina por direito próprio, com seus próprios códigos, táticas bem estabelecidas e atletas que fizeram dela seu terreno favorito. Jacob Kiplimo, com uma performance extraordinária em Barcelona, firmou-se como a referência absoluta entre os homens. Entre as mulheres, o recorde de Letesenbet Gidey ainda persiste, mas não está mais fora de alcance. Com o surgimento de novos talentos a cada ano 🌱, não há dúvida de que outros logo tentarão empurrar os limites do que é possível.
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